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Intervalo de ano
1.
Saúde debate ; 45(128): 164-177, jan.-mar. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1252222

RESUMO

RESUMO A lei da reforma psiquiátrica brasileira reconfigurou o modelo assistencial em saúde mental no País, tendo como principal repercussão a mudança do regime asilar de tratamento para o tratamento em meio comunitário, realizado, sobretudo, nos diversos tipos de Centros de Atenção Psicossocial. A exigência de mudança do modelo assistencial foi encabeçada pelo Movimento da Luta Antimanicomial, que denunciou a corrupção do sistema hospitalocêntrico (soberano antes da reforma psiquiátrica) e a violação dos direitos humanos nos manicômios. A título de exemplo, no Hospital Colônia, localizado em Barbacena (MG), morreram cerca de 60 mil pessoas, fato retratado no livro 'Holocausto Brasileiro', de Daniela Arbex. Neste ensaio, abordaremos a obra de Arbex à luz do debate pós-colonial e biopolítico, que entende que os modos de produção do mal banal encontraram nas sociedades colonizadas uma forma de ação, perpetuação e naturalização da despersonalização do humano, aproximando-o da noção de objeto. O presente trabalho questiona o tratamento dado, no passado, à loucura dentro dos manicômios, como uma espécie de manifestação do mal banalizado no contexto colonial brasileiro, ao mesmo tempo em que conjectura a retomada do discurso manicomialista, agora com nova roupagem, nas políticas públicas brasileiras.


ABSTRACT The Brazilian Psychiatric Reform law reconfigured the mental health care model in the country, with the main repercussion being the change from an asylum treatment regime to community-based treatment, carried out, mainly in the various types of Psychosocial Care Centers. The Brazilian Anti-Asylum Movement that denounced the corruption of the hospital model system and the violation of human rights in the asylums headed the demand for a change in the assistance model. For example, in the Hospital Colônia from Barbacena (MG), around 60 thousand people died, a fact portrayed in the book 'Brazilian Holocaust' by Daniela Arbex. In this essay, we will approach Arbex's work in the light of the post-colonial and biopolitical debate, which understands that the modes of production of banal evil found in colonized societies a form of action, perpetuation, and naturalization of the depersonalization of the human, bringing them closer to the notion of object. The present work aims at questioning the treatment given, in the past, to madness within the asylums, as a kind of manifestation of the banal evil in the Brazilian colonial context, at the same time as it predicts the resumption of the hospital model discourse, now in a new guise, in Brazilian public policies.

2.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 18(4): 1348-1371, out.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-995103

RESUMO

Este ensaio objetiva discutir duas narrativas concorrentes sobre o eu feminino (uma construída pelo patriarcado, produzida, sobretudo, pelos discursos médicos-científicos durante o século XIX e outra que apresenta a resistência feminina frente às opressões patriarcais), bem como analisar as repercussões de ambas as narrativas na construção do eu e na saúde mental das mulheres. Adotamos como referencial teórico a Psicologia Social Construcionista e o Feminismo Interseccional. A Psicologia Social Construcionista concebe o eu como um recurso discursivo, situado histórica, social e culturalmente. Nesse sentido, recusa tanto uma visão essencialista sobre o eu e sobre o feminino quanto a proposta individualista de construção do eu. Assume que a construção do eu ocorre com narrativas inteligíveis sobre si mesmo e, nessa construção, narrativas históricas também se fazem presentes. Assim, os discursos construídos historicamente pela ciência, especialmente a ciência médica, participam da construção do eu, inclusive da performance de gênero. Compreendemos as narrativas como produtoras de subjetividades; devido a isso, reconhecemos a importância de destacar as narrativas paralelas, que salientam a resistência feminina. Ademais, a retomada histórica permite perceber que determinadas crenças, valores e preconceitos foram estabelecidos historicamente e, sendo assim, outras narrativas também são possíveis.(AU)


This essay aims to discuss two competing narratives about the feminine self (one built by patriarchy, especially that produced by medical-scientific discourses during the nineteenth century; and another that presents the feminine resistance against the patriarchal oppressions), as well as to analyze the repercussions of both narratives in the construction of self and women's mental health. We adopted as theoretical reference Social Constructionist Psychology and Intersectional Feminism. Social Constructionist Psychology conceives the self as a discursive resource, historically, socially and culturally situated. In this sense, it refuses both an essentialist view of the self and the feminine, as well as the individualistic proposition of self-construction. It assumes that the construction of the self occurs with intelligible narratives about the self, and in this construction, historical narratives are also present. Thus, discourses constructed historically by science, especially medical science, participate in the construction of the self, including the performance of gender. We understand the narratives as producers of subjectivities, because of this we recognize the importance of highlighting the parallel narratives, which emphasize the feminine resistance. In addition, the historical resumption allows us to realize that certain beliefs, values and prejudices were established historically and, thus, other narratives are possible.(AU)


Este ensayo objetiva discutir dos narrativas concurrentes sobre el yo femenino (una construida por el patriarcado, producida, especialmente, por los discursos médicos-científicos durante el siglo XIX; y otra que presenta la resistencia femenina frente a las opresiones patriarcales), así como analizar las repercusiones de ambas narrativas en la construcción del yo y la salud mental de las mujeres. Adoptamos como referencial teórico la Psicología Social Construccionista y el Feminismo Interseccional. La Psicología Social Construccionista concibe el yo como un recurso discursivo, históricamente, socialmente y culturalmente situado. En ese sentido, rechaza tanto una visión esencialista sobre el yo y sobre lo femenino, como la propuesta individualista de construcción del yo. Se asume que la construcción del yo ocurre con narrativas inteligibles sobre el sí mismo y, en esa construcción, narrativas históricas también se hacen presentes. Así, los discursos construidos históricamente por la ciencia, sobre todo la ciencia médica, participan en la construcción del yo, incluso de la performance de género. Comprendemos las narrativas como productoras de subjetividades; debido a eso, reconocemos la importancia de destacar las narrativas paralelas, que subrayan la resistencia femenina. Además, la reanudación histórica permite percibir que determinadas creencias, valores y prejuicios fueron establecidos históricamente y, por lo tanto, otras narrativas también son posibles.(AU)


Assuntos
Psicologia Social , Feminismo
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